O Ministério da Educação confirmou a saída do Abraham Weintraub. A confirmação ocorreu após publicação em redes sociais de um vídeo do ex-ministro ao lado do presidente Bolsonaro. Agora ele irá atuar como diretor do Banco Mundial, representando o Brasil.
Veja o vídeo:
Abraham Weintraub passou 1 ano e 2 meses a frente da pasta e foi duramente criticado durante a gestão por suas polêmicas decisões e denúncias, como a de que havia plantações de maconha nas universidades federais. Nos últimos dias passou a ser investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um é acusado de racismo contra a China por um post em suas redes sociais, no qual sugere que o país estaria se beneficiando com o Coronavírus. No outro, o das Fake News, foi incluído ao dizer no vídeo da reunião ministerial do dia 22, que por ele, “prenderia todos esses vagabundos, começando pelo STF”.
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Um outro fato que prejudicou bastante a imagem de Weintraub e consequentemente a do governo foi a presença do ministro em manifestação pró-governo no último fim de semana e sem máscara, fato pelo qual foi multado em R$ 2 mil. A aplicação da multa foi feita baseada em um decreto em vigor no Distrito Federal.
Na última segunda-feira, Abraham Weintraub teve um encontro com Bolsonaro, quando o STF pressionou o presidente para que ele tomasse uma decisão a respeito do ministro. A grande preocupação do governo era que Weintraub, como investigado, poderia perder o foro privilegiado e consequentemente ser preso diante dos inquéritos em andamento.
Três nomes são cotados para assumir o cargo de terceiro ministro da Educação no governo Bolsonaro em um ano e meio de mandato. Eduardo Melo, secretário executivo adjunto do MEC; Ilana, secretária de Educação Básica do MEC e Carlos Nadalim, que também tem uma secretaria no MEC e foi aluno de Olavo de Carvalho, que faz parte da área ideológica do governo.