Em recente movimentação, o governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma significativa intervenção no Bolsa Família, retirando quase um milhão de cadastros irregulares.
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Em números exatos, até o final do último mês, foram 934 mil beneficiários categorizados como moradores solitários que sofreram cortes no programa.
O Bolsa Família, um dos mais renomados programas sociais do Brasil, testemunhou uma ampliação significativa nos registros de beneficiários unipessoais – aqueles que afirmam morar sozinhos – durante a gestão anterior do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante este período, esta categoria passou por um aumento acentuado, saltando de uma representatividade de 15% para expressivos 27%. No referido governo, o programa era identificado como Auxílio Brasil.
Dentro desse panorama, é válido ressaltar que apenas em abril de 2023, um montante de 1,2 milhão de cadastros foi suspenso. Esse bloqueio não apenas impediu o acesso ao benefício, mas também exigiu a apresentação de informações adicionais dos beneficiários.
Em um comunicado oficial, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social antecipou que mais cortes estão previstos para agosto.
Analisando os registros históricos, é possível identificar uma tendência interessante. Os denominados benefícios unipessoais, destinados àqueles que se inscrevem como indivíduos solitários, mostraram uma redução de 5,9 milhões em janeiro do ano anterior para 4,9% em julho.
Um boom na inscrição foi observado durante a administração Bolsonaro, onde o número passou de 2,2 milhões para 5,9 milhões.
Um dos principais motivadores dessa explosão nos cadastros pode ser atribuído à estrutura do programa. No modelo do Bolsa Família, o valor do benefício era determinado pelo tamanho da unidade familiar.
No entanto, no esquema do Auxílio Brasil, o valor era padronizado. Esse formato incentivou beneficiários com famílias maiores a fazer múltiplos registros para maximizar o montante recebido.
Apesar da recente purga de beneficiários unipessoais, estes ainda compõem uma notável fatia de 24% do total de pagamentos realizados pelo Bolsa Família.