A redação do Enem é uma etapa crucial para a conquista de uma boa nota no exame, exigindo dos candidatos a demonstração de um amplo domínio da língua portuguesa, a capacidade de desenvolver argumentações coerentes e a habilidade de propor soluções que respeitem os direitos humanos. O domínio da escrita formal assegura que o texto esteja conforme as normas gramaticais e ortográficas vigentes, enquanto a compreensão do tema é fundamental para que o candidato não desvirtue do que é exigido. Organizar e interpretar informações de maneira lógica e sequencial é vital para a defesa de um ponto de vista, além de utilizar mecanismos linguísticos que garantam a coesão textual. Por fim, a apresentação de uma proposta de intervenção bem estruturada e humanitária é essencial para evidenciar a capacidade crítica e cidadã do candidato.
Redação sobre “A Menina que Roubava Livros”
A obra “A Menina que Roubava Livros”, de Markus Zusak, nos apresenta uma narrativa ambientada na Alemanha Nazista, sob a perspectiva de Liesel Meminger, uma jovem que encontra nos livros uma forma de resistência e sobrevivência. Através de uma construção narrativa que alterna entre a dureza das realidades impostas pela guerra e a esperança encontrada nas palavras, Zusak revela a importância da literatura como abrigo e meio de empoderamento pessoal. Apesar das adversidades, Liesel vê nos livros uma possibilidade de descoberta de novos mundos e ideias, configurando-se como uma crítica ao regime opressor que tenta privar a população do acesso ao conhecimento e à liberdade de expressão.
Ao problematizar o contexto histórico por meio da jornada de Liesel, a obra convida à reflexão sobre o poder transformador da leitura. Em tempos onde a censura e a repressão se fazem presentes, os livros surgem como um símbolo de resistência. A subversão de Liesel através do “roubo” de livros representa uma afirmação do direito ao livre pensar e questionar as injustiças. Além disso, a narrativa enfatiza a capacidade da literatura de unir pessoas e criar laços, mesmo em meio a circunstâncias desumanizantes.
Para enfrentar a desumanização promovida pelo nazismo, é crucial que a literatura e o acesso à informação sejam defendidos. Assim, uma proposta de intervenção eficaz demandaria políticas públicas que incentivem a leitura, promovam a acessibilidade de livros e estimulem o pensamento crítico desde a educação básica. Dessa forma, estaríamos não apenas valorizando o legado de Liesel e de tantos outros que arriscaram suas vidas em nome do conhecimento, mas também garantindo que novas gerações cresçam com a consciência plena de seus direitos e capacidades.
Dicas Comentadas
O tema “A Menina que Roubava Livros” é rico em elementos que permitem uma reflexão profunda sobre o poder da literatura em tempos de opressão. Ao construir sua redação, lembre-se de seguir as competências do Enem rigorosamente:
- Domínio da escrita formal: Use uma linguagem culta e evite erros gramaticais. Revise sua redação para corrigir possíveis deslizes.
- Compreensão do tema: Aborde não apenas a história de Liesel, mas a simbologia dos livros como resistência e transformação social.
- Estrutura lógica e argumentos: Organize seu texto de forma clara. Cada parágrafo deve desenvolver uma ideia que contribua para seu ponto de vista.
- Mecanismos linguísticos: Utilize conectivos adequados para garantir a coesão entre as partes do texto.
- Respeito aos direitos humanos: Proponha uma intervenção que valorize o acesso à informação e o incentivo à leitura como formas de enfrentar opressões contemporâneas.
Lembre-se de que a originalidade e a organização são essenciais para uma redação bem-sucedida no Enem. Analisar profundamente a obra e relacioná-la com contextos históricos e contemporâneos pode enriquecer seu texto e demonstrar sua capacidade crítica.