(USCS/2018-2) Em novembro de 1095, o papa Urbano II dirigiu à aristocracia guerreira francesa uma advertência, divulgada a seguir por toda a Europa: aqueles que até então tinham vivido como saqueadores, martirizando seus irmãos cristãos, poderiam ir para o Oriente, onde os cristãos encontravam-se ameaçados pelos muçulmanos, e empregar sua energia contra os infiéis.
Assim, com o recurso desse expediente destinado a “exportar a violência”, foi assentada a primeira pedra no edifício das futuras cruzadas.
(Franco Cardini. “Guerra e cruzada”. In: Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt (orgs.).
Dicionário analítico do Ocidente medieval, vol. I, 2017. Adaptado.)
O excerto informa sobre a natureza histórica das Cruzadas medievais, as quais conjugavam
A) a pregação sacerdotal de concórdia entre os homens com a tentativa de conversão dos infiéis ao cristianismo.
B) a crise financeira do poder papal com o possível saque das riquezas monetárias das cidades islâmicas.
C) a oposição eclesiástica aos interesses econômicos dos mercadores com o propósito do clero de libertar os camponeses.
D) a instalação do Tribunal do Santo Ofício com o apoio da Igreja à formação das monarquias nacionais.
E) o conteúdo religioso com a existência de cavaleiros desprovidos de domínios territoriais.
RESOLUÇÃO:
A questão apresentada aborda a natureza histórica das Cruzadas medievais e pede a escolha da alternativa que melhor representa essa natureza, conforme o excerto adaptado do texto de Franco Cardini. O trecho apresentado refere-se ao chamado do papa Urbano II para que os cavaleiros franceses, que até então viviam como saqueadores, direcionassem sua violência para combater os muçulmanos no Oriente, onde os cristãos estavam ameaçados.
A correta interpretação do excerto mostra que as Cruzadas foram uma combinação de motivações religiosas e a existência de cavaleiros que, sem posses territoriais próprias, buscavam conquistar terras e riquezas no Oriente.
Resp.: E
VEJA TAMBÉM:
– Questão resolvida sobre imagens em templos católicos medievais, do Enem 2014
– Questão resolvida sobre ordem dos cistercienses, da Santa Casa 2022